Além de enfrentarmos o vírus da Covid-19, o mundo todo também está combatendo os impactos negativos dessa crise, principalmente em relação a saúde mental, como o Burnout durante a pandemia. Com grande parte das pessoas – ao redor do mundo – trabalhando remotamente há quase 6 meses, os primeiros dados sobre os efeitos dessas mudanças começam a surgir.
Segundo os dados da pesquisa encomendadas pela Microsoft, e realizada pela empresa de análises Harris, 33% das pessoas entrevistadas, que estão trabalhando em regime home-office, afirmaram que a separação entre o trabalho e a vida pessoal está impactando negativamente em seu bem-estar.
A Harris entrevistou cerca de 6 mil pessoas ao redor do mundo, em 8 países, incluindo o Brasil. E foram inclusive os Brasileiros que responderam ter uma maior sensação de burnout durante a pandemia, segundo a pesquisa.
44% dos respondentes brasileiros afirmaram que a pandemia elevou o sentimento de exaustão em relação ao trabalho executado. Já em Singapura foram 37%. Nos Estados Unidos a taxa foi de 31%, Índia com 29% e Austrália com 28%.
Os dados da pesquisa da Harris foram anunciadas pela Microsoft, no evento corporativo da empresa – Ignite. Este evento geralmente traz novidades para as ferramentas e softwares de trabalho.
A pesquisa ainda indicou que, um dos fatores mais estressantes para os trabalhadores brasileiros, que contribuem para o burnout durante a pandemia, foi a impossibilidade de se distanciar e a preocupação de contrair a covid-19 durante o trabalho. Motivo esse citado por 32% das pessoas que responderam à pesquisa. Outro motivo que foi frequentemente citado, foi o sentimento de isolamento e o distanciamento dos colegas de trabalho e da equipe. Os entrevistados também mencionaram a carga de trabalho elevada, outro fator que levam a situações de exaustão.
Trabalho remoto pode permanecer em um futuro pós covid
Além dos dados referente ao burnout durante a pandemia, a pesquisa da Microsoft também trouxe outros pontos. E um desses pontos importantes que vale ressaltar, é referente ao futuro do trabalho, que provavelmente poderá ser moldado pela experiência que vivemos no momento atual.
O relatório Work Trend Index (disponível apenas em inglês), aponta que; 82% dos gerentes e líderes nas empresas, esperam políticas mais flexíveis para o trabalho remoto, depois que a crise de covid-19 passar. Para os empregadores e trabalhadores, cerca de 71% desejam a flexibilidade no trabalho.
Segundo o Vice presidente responsável pelo Microsoft 365 – Jared Spataro, comenta que os dados coletados são impressionantes, visto que apontam como as pessoas têm passado mais tempo em conferências e reuniões, em ferramentas como o Teams, muito mais do que antes da crise do novo coronavírus.
“O dia de trabalho aumentou em quase uma hora na maioria dos países. Os dados mostram que as pessoas estão realmente trabalhando. […] “Mas estamos percebendo que os humanos não são máquinas, a produtividade não é sobre trabalhar mais horas” afirma Spataro. Tal afirmação sobre o aumento do dia de trabalho, vai de encontro com os dados coletados sobre o burnout durante a pandemia, mostrando a importância do bem-estar no trabalho remoto.
O vice presidente Spataro, apresentou mais dados durante o evento corporativo – Ignite, na última terça-feira (22), podendo conferir a apresentação neste link. (Lembrando que é possível ligar as legendas apenas em inglês.)
Fonte: Exame.com
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